Não quero mais ser evangélico

Irmãos, uni-vos! – Pastores evangélicos criam sindicato e cobram direitos trabalhistas das Igrejas.” Esse, o título da matéria, chocante, publicada pela revista Veja de 9 de junho de 1999, anunciando a formação do Sindicato dos Pastores Evangélicos do Brasil.

Foi a gota d’água! Ao ler a matéria acima finalmente me dei conta de que o termo “evangélico” perdeu, por completo, seu conteúdo original. Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho ( boas novas ) de Jesus Cristo, mas a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante – o segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro.

Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai, porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e não por mão de obra especializada ou por profissionais da fé. Voltemos à consciência de que o caminho, a verdade e a vida é uma pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro; uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo, e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.

Chega dessa “diabose”! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar; voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.

Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nos mesmos; voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam, em profundo amor e senso de dependência; quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome “meu” mas o pronome “nosso”.

Para que os títulos: pastor, reverendo, bispo, apóstolo; o que estes significam se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo. Para que o clericalismo? Voltemos, sendo servos uns dos outros, aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei” de Mateus 18:20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes – chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos mas como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!

Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao "instruí-vos uma aos outros” (Cl. 3:16).
Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a ser uma Igreja que cresce, mas uma Igreja que aparece: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt.5:16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras “todo o Evangelho ao homem... a todos os homens”. Deixemos o crescimento para o Espírito Santo, que “acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos”, sem adulterar a mensagem.

Chega dos herodianos, que vivem a namorar o poder, a vender a si e as ovelhas ao sistema corrupto e corruptor; voltemos à escola dos profetas que denunciam a injustiça e apresentam modelos de vida comunitária. Chega de corporativismo, onde todo mundo sabe o que acontece mas ninguém faz nada; voltemos ao confronto, como o de Paulo a Pedro (Gl.2:11) que dá oportunidade ao arrependimento e aperfeiçoa, como “o ferro afia o ferro” (Pv.27:17). Saiamos do “metodologismo”. Voltemos a “ser como o vento, que sopra como quer, se ouve a sua voz, mas não se sabe de onde vem e nem para onde vai” (Jo.3:8).

Não quero mais ser evangélico, como é entendido, hoje, neste país. Quero ser só cristão. Um cristão integral, segundo a Reforma e os pais da Igreja. Adorando ao Pai, em espírito e verdade, comungando, em busca da prática da unidade do “novo homem”, criado por Cristo à Sua imagem (Ef.2:15), e praticando a missão integral...

Texto de Ariovaldo Ramos


 

Amigo dos Perdedores

Nos Evangélios de Jesus, nós encontramos outra versão: Amigo dos Perdedores (Agradeço ao Steve Taylor pela brilhante musica “Jesus is for Losers” (Jesus é para Perdedores)). Jesus ama os perdedores espirituais: vigaristas, prostitutas e bebados. Estas não eram pessoas “” These were not people “encontrando crescimento com virtudes nobres.” Jesus nos disse o que pensar sobre a missão Dele para os perdedores: “ Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.”

Boas Notícias

A boa notícia é que nós somos todos “os enfermos” que estão no escopo da missão de Jesus. No seu comentario em Galatas, Martin Luther explica a boa notícia dessa maneira: “Ainda que eu seja um pecador de acordo com a Lei…mesmo assim eu não me desespero, porque Cristo vive e ele é a minha eternal e celestial vida. Nessa justiça e vida eu não tenho pecado ou morte. Eu sou com certeza um pecador nesta vida presente e nessa justiça, onde a Lei me acusa. Mas acima desta vida eu tenho outra justiça, outra vida, que é Cristo, que não conhece o pecado e a morte mas é justo e vida eterna.”

Liberdade e Alegria

O resultado dessa boa notícia sendo verdade pode ser liberdade e alegria—liberdade porque nós não somos inimigos de Deus e alegria porque nós não precisamos nos levar tão a sério. Quando Jesus entrou em cena, Ele disse que ele troxe o Reino de Deus. E este Reino se parece com uma festa para a qual todos os perdedores estão convidados. O cego recebeu a visão, o paralitico pode andar, e o doente foi sarado. Tem muito a se celebrar neste Reino. E muitas das Suas parabolas terminam com celebração e alegria.
Porque nós vemos tão pouco dessa alegria e liberdade? Por acaso os velhos fariseus, com seus legalismos exagerado, tem nos afastado da alegria e liberdade? Temos domesticado a graça extravagante de Deus baseando-se em técnicas moralistas e diciplinas? Temos negligenciado o fato de sermos conhecidos e amados por Deus? Temos esquecido que somos aceitos e não merecemos isso?
Justin Holcomb

Você glorificará a Deus com sua morte?

Jesus predisse o martírio de Pedro. Jesus sabia o tipo de morte e o tempo específico. Este conhecimento específico poderia desanimar Pedro. Ou poderia servir para lembrar-lhe que, não importando o que tivesse de lhe acontecer, o Senhor Jesus nunca é tomado de surpresa. E não somente isso, Jesus falou estas palavras a Pedro depois de ressuscitar triunfantemente dentre os mortos. Isto significava que, “havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele” (Rm 6.9). Portanto, Jesus estaria vivo e reinando quando Pedro fosse morto. Ele estaria lá para ajudá-lo. “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20). E não somente para ajudá-lo a enfrentar a morte, mas também para ressuscitá-lo: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8.11).

Jesus sabia que uma parte da vontade de Pedro não quereria esta morte. “Quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (Jo 21.18). O próprio Jesus clamou: “Se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39). Isto também acontece com todo que segue os passos de Jesus. Sofrimento é sofrimento, e não prazer. Somente um amor mais sublime leva você a aceitar a morte, quando poderia evitá-la negando a Cristo.

João afirmou que a morte de Pedro glorificaria a Cristo: “Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus” (Jo 21.19). A maneira como João disse estas palavras parece mostrar que ele considerava todas as mortes de crentes como designadas para a glória de Deus. A diferença é esta: com que tipo de morte glorificaremos a Deus?

Você está pronto para isto? Você demonstrará que Deus é grande na maneira como morrerá? Você dirá: “O viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Você dará nomes agradáveis a este inimigo horrendo, torturante e derrotado? A perda de todos os queridos de sua família terrena, dos amigos e de seus bens desvanece ante à perspectiva de ver e estar com Cristo?

Depois de haver predito a morte horrível de Pedro, Jesus disse-lhe: “Segue-me”.

Saiamos, pois, a ele, fora do arraial (Hb 13.13).


Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.

 Graça...

Há muitos anos, cheguei à conclusão de que as duas causas principais da maioria dos problemas
emocionais entre os cristãos evangélicos são estas: o fracasso em entender, receber e viver a graça e o perdão incondicionais de Deus; e o fracasso de distribuir esse amor, perdão e graça incondicionais aos outros... Nós lemos, ouvimos, cremos em uma boa teologia da graça. Mas não é assim que vivemos. As boas novas do evangelho da graça não penetraram no nível de nossas emoções.
"O mundo pode fazer quase tudo tão bem ou melhor do que a igreja", diz Gordon MacDonald.
 "Você não precisa ser cristão para construir casas, alimentar os famintos ou curar os enfermos. Há apenas uma coisa que o mundo não pode fazer. Ele não pode oferecer graça." MacDonald colocou o seu dedo sobre a única contribuição realmente importante da igreja. Onde mais o mundo poderia ir para encontrar graça?
Ignazio Silone, novelista italiano, escreveu a respeito de um revolucionário caçado pela polícia. A fim de
escondê-lo, seus camaradas o vestiram com as roupas de um padre e o enviaram a uma remota vila ao pé dos Alpes. A notícia se espalhou, e dentro de pouco tempo uma longa fila de camponeses apareceu à porta dele, cheios de histórias de pecados e vidas desfeitas. O "sacerdote" protestava e tentava desvencilhar-se deles, sem resultados. Ele não tinha outro recurso a não ser sentar-se e ouvir as histórias das pessoas que morriam de fome da graça.
Eu acho que, de fato, por isso é que todos vão à igreja: fome da graça. O livro
Growing Up Fundamentalist (Fundamentalistas em Formação) conta de uma reunião de estudantes em uma escola missionária no Japão.
"Com uma ou duas exceções, todos abandonaram a fé, mas depois voltaram", contou um dos estudantes. "E
aqueles entre nós que voltaram têm uma coisa em comum: todos nós descobrimos a graça..."
Quando olho para a minha própria peregrinação, marcada por erros, desvios e becos sem saída, vejo agora que aquilo que me impulsionava era minha busca da graça. Rejeitei a igreja durante algum tempo porque encontrei bem pouca graça ali. Voltei porque não descobri graça em nenhum outro lugar.

Por Philip Yancey - Maravilhosa Graça

Não conhecemos o Evangelho

Veja o que temos feito:
. . Nós vamos a um homem e dizemos: “Você sabe que é um pecador?” Se ele disser "sim", nós vamos para a próxima pergunta. “Você gostaria de ir para o céu?” Se ele disser "sim", nós vamos para a próxima pergunta. “Você gostaria de pedir para Jesus Cristo entrar no seu coração?” Se ele disser "sim", e fizer aquela oração nós perguntamos a ele se ele foi sincero. E se ele disser "sim", de pronto já (na verdade a expressão usada é “papalmente” – eu tenho usado a tradução “de forma papal” o que você acha?) o declaramos nascido de novo.
. . Isto não é o evangelho de Jesus Cristo. E essa metodologia no evangelismo tem causado mais estrago neste país do que qualquer heresia introduzida por todas as seitas juntas.
. . Milhões de pessoas neste país cujas vidas nunca foram transformadas acreditam que elas são nascidas de novo, porque nós reduzimos tanto o evangelho de Jesus Cristo, que ele agora não significa nada mais que uma simples decisão que vai tomar apenas 5 minutos do seu tempo.
Vamos analisar isso por um momento: “Você sabe que é um pecador?” Se a pessoa disser “sim”, o que isso significa? Absolutamente nada! Vá perguntar ao diabo se ele sabe que ele é um pecador. Ele vai dizer “sim eu sou e sou muito bom nisso”.
. . A questão não é: “Você sabe que é um pecador?”. A questão é: “Desde que você tem ouvido a pregação do evangelho, Deus tem operado de tal forma em seu coração que o pecado que você amava você agora odeia?” Esta é a questão.
. . A questão não é: “Você gostaria de ir para o céu?” Todo mundo quer ir para o céu, eles só não querem que Deus esteja lá quando eles chegarem lá. A questão não é: “Você gostaria de ir para o céu?” A questão é: “Desde que o evangelho tem sido pregado a você, o Deus todo-poderoso tem feito uma obra soberana e sobrenatural em seu coração que o Deus que você odiava e ignorava você agora deseja e estima como digno acima de todas outras coisas.
. . E por último: “Você gostaria de fazer uma oração pedindo para Jesus entrar no seu coração?” Você será duramente pressionado a encontrar base bíblica para esta pergunta no Novo Testamento.
. . Você pode dizer: “Ah não, lá diz: receba Ele”. Você honestamente acha que quando a Bíblia fala de receber Cristo, ela está falando de balbuciar algum rito evangélico? Quando ela fala de receber Cristo, é através do arrependimento e fé. Não é recebê-Lo como algum acessório em sua vida, é recebê-Lo como o próprio sustentador da sua vida. Cristo não é algo que faz sua vida melhorar, Cristo é a sua vida! Ele é sua vida!
. . Jesus não veio e disse no evangelho de Marcos: “O tempo está cumprido e é chegado o reino de Deus, agora quem gostaria de orar me convidando para entrar em seu coração”. Ao invés disso Ele disse: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:15).
. . E não se esqueça que através de todo o ensino do Novo e do Velho Testamento, o arrependimento é evidenciado por frutos, pela maneira como alguém vive. A maioria das pessoas hoje acredita que são salvas porque elas estão confiando na sinceridade de suas decisões e não na obra de Cristo, nem no poder de Deus na salvação.
. . “Você é salvo?” “Sim”. “Como você sabe?” “Bem, três anos atrás eu orei pedindo para Jesus entrar no meu coração.” Sério? E quantos outros têm feito isso. A evidência da salvação, a evidência do arrependimento, a evidência da fé é uma vida transformada em contínua transformação.
. . Como você sabe que você se arrependeu para salvação anos atrás? É porque você continua a se arrepender hoje. Como você sabe que creu para a salvação anos atrás? É porque você continua crendo hoje. Como você sabe que Deus teve um encontro com você anos atrás? É porque Ele continua tendo um encontro com você. Através da obra da santificação, ele não apenas transformou sua vida, Ele ainda continua transformando sua vida.
. . O evangelho que pregamos hoje é um ritual. Sim, algumas pessoas foram salvas, mas não por causa de nossa pregação, na verdade a despeito dela. Deus ainda opera, embora não conheçamos o evangelho.
. . Não é uma mensagem entre muitas. É a mensagem das Escrituras e é a mensagem do Cristianismo. O mais triste é que não está sendo mais a mensagem da igreja na América. E eu posso te provar isso. Vá até as suas livrarias. Se pensarmos em 200 ou 300 anos atrás, nós veríamos que quando eles falavam do Cristianismo era sobre o evangelho. Os livros que foram escritos pelos “Spurgeons” (ele não se refere a Spurgeon, mas a pessoas como Spurgeon), pelos Puritanos, e pelos “Edwards” eram sobre o que é o evangelho, como podemos compreender o evangelho, como devemos pregar o evangelho, o que é verdadeira conversão, como realmente podemos saber quando as pessoas realmente nasceram de novo. Vá a algumas de suas livrarias evangélicas e tente achar algum livro que fale dessas coisas. Você não vai achar nada. Só há coisas como: “como fazer isso” e “dez passos para aquilo”.
. . Por que há tão pouco poder hoje? Porque não conhecemos o evangelho, porque não nos preocupamos com verdadeira conversão, porque não fazemos das coisas importantes algo realmente importante, mas nós as substituímos com o uso cômodo da mídia no culto, com certo tipo de música para deixar todo mundo no clima, com pregadores relâmpagos que nos falam tudo o que queremos ouvir para que tenhamos a nossa melhor vida agora, porque na verdade é isso o que queremos, mais do que Deus. Não há poder porque o evangelho está esquecido. Traga o evangelho de volta e você verá o poder de Deus se movendo sobre a vida de homens, mulheres e crianças. O evangelho simples.

Por: Paul Washer

O evangelho não é...

O evangelho não é, de maneira nenhuma, o que nós sugerimos. Eu, por minha vez, esperaria que se honrasse a virtude contra a libertinagem. Eu esperaria ter de me purificar para marcar uma audiência com um Deus Santo. Mas Jesus falou de Deus ignorando o mestre religioso que se achava fantástico e deu atenção a um pecador comum que rogava: "Ó Deus, tem misericórdia".
Em toda a Bíblia, na verdade, Deus demonstra uma notável preferência por pessoas "autênticas" em vez de pessoas "boas". Nas palavras do próprio Jesus: "Haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento".
Em um de seus últimos atos antes de morrer, Jesus perdoou o ladrão que pendia de uma cruz, sabendo muito
bem que o ladrão havia-se convertido por causa de puro medo. Esse ladrão nunca estudaria a Bíblia, nunca
freqüentaria uma sinagoga ou igreja e nunca acertaria a sua vida com todos aqueles que havia prejudicado. Ele simplesmente disse: "Senhor, lembra-te de mim", e Jesus lhe prometeu: "Hoje estarás comigo no paraíso". Foi outro lembrete chocante de que a graça não depende do que fizemos por Deus, mas, antes, do que Deus fez por nós.
Pergunte às pessoas o que elas devem fazer para ir para o céu e a maioria vai responder: "Ser bom". As
histórias de Jesus contradizem essa resposta. Tudo que devemos fazer é clamar: "Socorro!". Deus recebe em sua casa qualquer um que o fizer e, de fato, já deu o primeiro passo. A maioria dos especialistas — médicos,
advogados, conselheiros matrimoniais — dão-se alto valor e esperam que os clientes venham a eles. Deus, não.
Como Sören Kierkegaard disse: Quando se trata de um pecador Ele não fica simplesmente parado, com os braços abertos e dizendo: "Venha cã". Não. Ele fica ali e espera, como o pai do filho perdido esperou; ou melhor, ele não fica parado esperando: sai procurando, como o pastor procurou a ovelha perdida, como a mulher procurou a moeda perdida. Ele vai — não, Ele foi — infinitamente mais longe do que qualquer pastor ou qualquer mulher. Ele seguiu calmamente o longo e infinito caminho de ser Deus para se tornar homem e, desse modo, foi procurar os pecadores.

Eu como “crente” sou insuportável



Eu não rejeito seu Cristo. Eu amo seu Cristo. Apenas creio que muitos de vocês cristãos são bem diferentes do vosso Cristo. Gandhi de uma forma sincera não convivendo com os mesmos cristãos que nós convivemos hoje nesse tempo moderno onde blogs, twitters, sites se transformaram em verdadeiras plataformas para que isso aconteça cada vez mais.
Nos últimos dias tenho visto alguns comentários em alguns textos que me deixaram pensativo que se eu não fosse Cristão seguidor de Cristo e tivesse querendo conhecer Cristo eu jamais gostaria de me relacionar com qualquer Cristão pelo simples fatos da grande maioria ser insuportável, donos da verdade, donos do que é certo ou o que é errado, donos das chaves que abrem ou fecham o céus, sempre prontos a te enviar para o inferno ao invés de ajudar você se levantar de um tombo ou sempre pronto a dizer o que é realmente verdade ou mentira quando você tem uma simples pergunta. Com uma arrogância suprema eles sussurram ao te jogar cada vez mais no abismo.
Será que Jesus realmente se preocupa com que musica você está escutando ou se eu escutar uma musica “do mundo” eu serei condenado por ele para ir para o inferno? Será mesmo? Será que Jesus se preocupa se um músico “do mundo” da uma entrevista dizendo que ele é um verdadeiro Crente? Será que Jesus vai cobrar dele o que ele fez na noite do show anterior? Será que Jesus vai jogar na cara dele que ele não pode tocar com tal artista porque aquele tal artista não é “crente” como ele.
Eu não consigo imaginar isso. Mas eu consigo imaginar os “cristãos” que olham para tudo isso e não conseguem compreender o final do contexto de Jesus em Mateus 15:11 quando ele diz que “Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem”. Entendo perfeitamente que quando um “cristão” critica alguém por escutar musica do mundo, entendo quando um musico do mundo dizer que ele é tão seguidor de Jesus quanto esses “cristãos” e os “cristãos” que vão a igreja no domingo e não fazem mais nada do que isso ficam louco por tal declaração eu entendo esses “cristãos” que se preocupam mais do “aparência de santos, do que fazer a diferença no mundo”.
Aparência para esses “cristãos” é tudo.
“Você está escutando musica que não é do senhor?”
“Você acha mesmo que aquele cara é cristão?”
“Como você pode ter certeza que Jesus não era gospel?”
“Nunca que essa banda é cristã. Impossivel, eles não tem frutos”
“Eu nunca vou ler esse livro, ele é um livro que mostra que o diabo criou tal coisa”


O Sandro Baggio escreveu um lance muito interessante
A música foi criada por Deus e já existia mesmo antes de haver o homem. No livro de Jó, o mais antigo das Escrituras, lemos que quando Deus lançava os fundamentos da terra, as estrelas da alva cantavam e todos os filhos de Deus rejubilavam (Jó 38.1,7). Se compararmos esta passagem com Isaías 14.12 onde Lúcifer é chamado de estrela da manhã e filho da alva, podemos entender que, mesmo antes da criação do universo, havia no céu uma hoste angelical separada para cantar louvores ao Eterno Deus, da qual Lúcifer parece ter sido o regente (Ez 28.12-15). Então porque caspita achamos que Lúcifer pode criar alguma coisa?
O homem como criatura de Deus, recebeu a música como um dom divino. Mesmo os povos mais primitivos são dotados de musicalidade. Não existe nem um povo que não tenha sua própria música, assim como não existe ninguém que não aprecie algum tipo de música. Vivemos em um universo musical onde, desde que nascemos, somos envolvidos pela música e aprendemos a apreciá-la.
Se Jesus estivesse aqui hoje? Será que ele entraria em sua igreja? Ou ele iria num show de musica boa falar sobre a importancia dessas pessoas nos amar? Vamos para os próximos problemas ou vamos brincar apenas?

Feliz Aniversário Rachel!!!


Todo ano o que é que tem na pessoa que ela faz? O aniversário dela!!! rsrsrsr
Um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós capacidade de recomeçar a cada ano.
Desejo a você, um ano cheio de amor e de alegrias.
Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
Sorrir novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, orar mais preces e agradecer mais vezes.
Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus.
É ser grato, reconhecido, forte, destemido.
É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo;
Parabéns a você nesse dia tão grandioso.

Escândalo do evangelho da graça


Fyodor Dostoievski capturou o choque e o escândalo do evangelho da graça quando escreveu: "No último julgamento Cristo nos dirá: 'Vinde, vós também! Vinde, bêbados! Vinde, vacilantes! Vinde, filhos do opróbrio!' E dir-nos-á: "Seres vis, vós que sois à imagem da besta e trazem a sua marca, vinde porém da mesma forma, vós também!' E os sábios e prudentes dirão: 'Senhor, por que os acolhes?' E ele dirá: 'Se os acolho, homens sábios, se os acolho, homens prudentes, é porque nenhum deles foi jamais julgado digno*. E ele estenderá os seus braços, e cairemos a seus pés, e choraremos e soluçaremos, e então compreenderemos tudo, compreenderemos o evangelho da graça! Senhor, venha o teu reino!"



Há sempre uma escolha!

Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!
E lembre-se você sempre tem uma escolha, mesmo que essa escolha seja deixar de ser quem você é hoje!

Para: Agostinho Junior.

Cruzes!


Há três cruzes:

1- A cruz do ascetismo, onde a gente se restringe para ser puro.
2- A cruz do estoicismo, onde a gente se restringe para ser disciplinado.
3- A cruz de Cristo, onde a gente é incluído na morte dele.

Nas duas primeiras cruzes, a gente se mata, mas não morre: não importa quão boas sejam as intenções, a maldade, instrumento da morte, sempre vence.
Na cruz de Cristo, a gente não se mata, mas morre!
A Cruz de Cristo, por satisfazer o eterno princípio da justiça, alcança, para nós, perdão junto ao Pai! E nos tira do inferno!
Ter sido incluído na morte de Cristo, dá-nos o privilégio de ser incluídos na vida ressurreta de Cristo.
E a vida de Cristo tira o inferno de nós!
Agora a gente pode dizer não à maldade que há em nós, e, a cada vez que dizemos não, a vida de Cristo avança em nós.

Por: Ariovaldo Ramos!

Nossos lugares altos

“Você sabe como pode notar se algo é um ídolo
na sua vida?”
“Por quão grande luta você trava
quando te é tirado.”

Muitas das coisas pelas quais lutamos são prováveis ídolos
em nossas vidas. Ficamos irados quando algo que adoramos
é tirado de nós ou quando tememos que possa ser tirado
de nós.
 
Nós, assim como a Israel da antiguidade, temos nossos ídolos.
Nossos ídolos são nossos lugares altos. Nossos lugares
altos são aquelas coisas que queremos acima da nossa
consagração a Deus. Nós, também, nos “prostituimos” indo
atrás dos deuses que criamos. “Queimamos incenso” às obras
das nossas mãos e às imaginações das nossas mentes quando
nos orgulhamos em auto-exaltação dos nossos feitos. Tais
coisas como ciência, governo, a bolsa de valores, religião,
artes, dietas, entretenimento, e esportes podem obrar para
o nosso bem, mas se tornam idólatras quando confiamos
nelas em vez de em Deus. Nós nos fazemos de Deus.

Esta foi a mentira no jardim do Éden: se pudéssemos
saber como Deus sabe, seriamos como Deus. Então nós, em
Adão, nos tornamos capazes de conhecimento, e este conhecimento
se tornou uma maldição para nós. Brincamos de Deus
quando nos gloriamos nas nossas habilidades intelectuais para
resolver coisas, raciocinar coisas, entender coisas, inventar
coisas, e imaginar feitos maiores ainda. Exaltamos aquilo que
achamos que sabemos acima do conhecimento de Deus. Isto
nos mantem afastados de Deus e previne nosso acesso a intimidade
com o Pai-Deus, nosso Criador. Conhecimento que
incha é a arrogância do Si, e o Si é aquela montanha alta
sobre a qual construimos nossos altares.

A Coisa


Organizamos esta Coisa. A nomeamos, a incorporamos,
elegemos oficiais nela, abrimos contas bancárias no nome dela,
treinamos e contratamos funcionários para ela. Levantamos
fundos para ela. Programamos campanhas para recrutar mais
pessoas para ela. A amamos, ficamos chateados com ela, largamos
ela, abandonamos ela. Se estamos especialmente apegados
a ela, produzimos folhetos e fazemos marketing dela.

Avaliamos a Coisa para determinar seu sucesso ou fracasso.
“O culto de louvor foi bom,” podemos dizer. “O sermão
foi legal.” “As ofertas foram poucas.” “O comparecimento foi
fraco.”

Pergunte a um pastor como está indo sua igreja e ele
talvez responda com comentários tais como: “Nosso programa
de construção é ótimo.” “Tem membros entrando de todo lado.”
“Dobramos nossos fiéis em um ano.” “Tem gente saindo tão
rapidamente quanto entrando.” Você vê onde está o coração
dele? Ele está avaliando a coisa da qual ele é o provável cabeça.


O crescimento da sua igreja reflete seu sucesso ou fracasso
como líder. Se, por outro lado, ele responde a respeito do bemestar
espiritual do povo, ele entende mais o significado do corpo
de Cristo. “Bem, você sabe, muitos deles sofreram alguma
aflição, mas os fez ficarem mais fortes no Senhor.”

Se ele fala do seu povo num sentido possessivo, ele
está preso na própria soberba. Não é seu povo. Por outro
lado, se ele fala das ovelhas que pertencem ao bom pastor
que é Jesus Cristo, ele talvez esteja livre e é mais provável
que ele liberte o povo de Deus.

O Menino do Pijama Listrado


O menino do pijama listrado é um filme notável. Simples, mas soberbo. Uma história comovente, inacreditável e surpreendente. Os diálogos são maravilhosos, com finas e sutis ironias. David Thewlis e Vera Farmiga estão ótimos como os pais do menino, vivendo um casamento abalado pela posição que o marido alcançou.


O garoto que interpreta o infante Bruno é ótimo. Seu personagem é cativante, pela sede de aventura, pela meninice, pela curiosidade e pela inocência. Há momentos doces e deliciosos no filme, mas a mentira, ainda que contada para proteger o menino do mundo dos adultos, acaba por levar a um caminho sem volta.

O contraste entre a inocência de Bruno e o sofrimento de Shmuel é algo que impressiona. Mundos tão distantes separados por uma cerca de arame eletrificada. Entretanto, nada impede que uma grande amizade floresça daquilo que seria o improvável. Realmente belo!
 
A sinopse: “Alemanha, 1940. Bruno tem oito anos e vive com sua família em Berlim. Quando seu pai, um oficial nazista, é promovido, ele é obrigado a abandonar seus amigos e se mudar para uma região deserta onde não há nada para fazer. Um dia, o menino ignora a proibição da mãe e anda até um misterioso local cercado, onde todos usam roupas listradas. Lá, ele conhece Shmuel, um garoto de sua idade que vive do outro lado da cerca. Os dois desenvolvem uma amizade proibida, que terminará por introduzir Bruno no terrível mundo dos adultos. Baseado no livro homônimo de John Boyne.”




Caráter indiscriminado


""Dê uma olhada na rosa. Ela pode dizer "vou oferecer minha fragância às pessoas boas e negá-las às más"? Ou você conseguiria uma lâmpada que retém seus raios para a pessoa ímpia que busca andar em sua luz? Só poderia fazer isso se deixasse de ser lâmpada. Observe quão inevitável e indiscriminadamente a árvore dá sua sombra a todos, bons e ruins, jovens e velhos, grandes e humildes; para os animais, para os humanos e toda criatura vivente - mesmo para aquele que procura cortá-la. Essa é a primeira qualidade da compaixão - seu caráter indiscriminado.""


Anthony DeMello, the way to love, p. 77


A ordem de Jesus para amarmos uns aos outros nunca está circuscrita à nacionalidade, ao status, à origem étinica, à preferência sexual ou à amabilidade inerente ao "outro". O outro, aquele que reclama meu amor, é qualquer um a quem estou apto a reagir, como ilustra claramente a parábola do bom samaritano. "Qual destes três, em sua opinião, foi prestativo ao homem atacado pelos ladrões?", perguntou Jesus. A resposta foi: "Aquele que o tratou com compaixão". Jesus disse a eles: "Vão, e façam o mesmo".


"Venha o teu Reino?" O que faz o Reino vir é a sincera compaixão: um caminho de ternura que não conhece fronteiras, rótulos, compartimetagem, etc... Jesus, a face humana de Deus, nos convida a uma reflexão profunda sobre a natureza do discipulado verdadeiro e do estilo de vida radical de um filho de Deus.




O dom do cobrador de impostos: pobreza de espírito


"Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: Deus, tem misericórdia de mim que sou pecador" (Lc 18: 13). O poeta francês Paul Claudel disse que o maior pecado é perder o sentido do pecado. O homem sem um sentido vivo do horror do pecado não conhece Jesus Cristo crucificado.


O conhecimento de que o pecado existe e de que samos pecadoressó vem da cruz. Podemos nos iludir, acreditando que o pecado é simplismente uma aberração ou falta de maturidade; que a preoculpação com segurança, prazer e poder é causada por estruturas sociais opressivas; que somos pecaminosos, mas não pecadores, já que somos meras vítimas das circunstâncias, compulsões, meio ambiente, hábitos, educação e assim por diante.


O sofrimento de Cristo expõe essas mentiras e racionalizações na cruz da verdade. Mesmo a última perversão da verdade a que nos apegamos desaparece quando ficamos frente a frente com o crucificado Filho do homem.




E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim...



Deveríamos ficar perplexos diante da bondade de Deus, estupefatos diante do fato de ele se dar ao trabalho de chamar-nos pelo nome, boquiabertos diante do seu amor, maravilhados de que neste preciso momento estejamos pisando em terreno santo.


Cada parábola de misericórdia dos Evangelhos é dirigida por Jesus aos seus oponentes: escribas murmuradores, fariseus reclamões, teólogos censuradores, membros do Sinédrio. São os inimigos do evangelho da graça, indignados porque Jesus afirma que se importa com os pecadores, inflamados que ele coma com gente que eles desprezam. O que ele diz a eles?


Esses pecadores, essa gente que vocês desprezam, estão mais perto de Deus do que vocês. Não são a meretrizes e os ladrões que acham dificil se arrepender: são vocês, tão seguros da sua devoção e da sua farsa que não tem qualquer necessidade de conversão. Eles podem ter desobedecido ao chamado de Deus, podem ter sido degradados por suas profissões, mas demonstrarão trsiteza e arrependimento. Mais do que tudo isso, porém, essas são pessoas que dão valor a bondade de Deus: são um paradigma do reino diante de vocês, pois elas tem o que lhes falta : uma profunda gratidão pelo amor de Deus e um profundo assombro diante da sua misericórdia.


Seremos um dia capazes de compreender o mistério da graça, o furioso amor de Deus, o mundo de graça em que vivemos?


Jesus Cristo é o escândalo de Deus. Quando o Batista é aprisionado por Herodes ele envia uma dupla de seus seguidores para perguntar a Jesus: " És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? " Jesus diz: "Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar de mim" Jo 11. 3-6.


Auréolas Tortas


O pecador salvo de auréola torta foi convertido da desconfiança para a confiança, alcançou uma pobreza interna de espírito, e vive o melhor que pode em rigorosa honestidade para consigo mesmo, com os outros e com Deus.
A pergunta colocada pelo evangelho da graça é apenas esta: quem nos separará do amor de Cristo? Do que você tem medo?
Você tem medo que sua fraqueza possa separá-lo do amor de Cristo? Ela não pode.
Você tem medo que suas inadequações possam separá-lo do amor de Cristo? Elas não podem.
Você tem medo que sua pobreza interior possa separá-lo do amor de Cristo? Ela não pode.
Casamento difícil, solidão, ansiedade sobre o futuro dos filhos? Não podem.
Baixa auto-estima? Não pode.
Dificuldade econômica, ódio racial, o crime nas ruas? Não podem.
Rejeição pelos queridos ou sofrimento pelos queridos? Não podem.
Perseguição pelas autoridades, ir para a cadeia? Não podem.
Guerra nuclear? Não pode.
Erros, medos, incertezas? Não podem.
O evangelho da graça clama: nada poderá jamais separar você do amor de Deus tornado visível em Cristo Jesus nosso Senhor.
Você deve estar convencido disso, deve confiar nisso e não deve jamais esquecer de lembrar disso. Todo restante passa, mas o amor de Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente. A fé se tornará visão, a esperança se tornará possessão, mas o amor de Jesus Cristo, que é mais forte do que a morte, permanece para sempre. No final, é a única coisa à qual você pode se apegar.


Extraído do Livro: O EVANGELHO MALTRAPILHO, de Brennam Manning

Deliver us from evil !


Acabei de assistir boa parte de um documentário, na HBO, sobre a pedofilia de padres nos EUA. Especificamente casos como o de Oliver O'Grady, o mais reconhecido pedófilo da Igreja Catolica, onde fica evidente sua falta de vergonha ou qualquer sentimento de culpa com suas vítimas na California.

O próprio violador conta, sem remorsos, tudo o que fez, com riqueza de detalhes.

A ICAR se contradiz, não pune, acoberta, e chega afirmar que, no caso da menina, é normal. No caso do menino, se recusa a responder em tribunal e fica por isso mesmo.

O dízimo dos fiéis, neste caso, é usado para pagar milhões em ações para calar a boca dos agredidos.

O padre estuprador chega a propôr que se reuna suas vítimas, agora adultos transtornados e infelizes, para que ele as ordene a tocar suas vidas.

Há, dentro da ICAR,quem defenda essas vítimas, os encorajando a lutar para punir estes bandidos, mas a própria igreja trata de calar estes padres, silencionda-os.



Impunidade.



Total impunidade.

O sofrimento e o pranto de um pai, ao ver sua familia inteira violada pelo padre, que se oferecia para dormir em sua casa, estuprava sua filha e filho a noite, e de manhã, dirigia as preces no café .
Ele já vinha transferido de outras igrejas, por conta do mesmo "problema". A ICAR sempre soube.

Tudo isso é contado abertamente pelo autor do delito, morando tranquilamente na Irlanda e ainda as custas da igreja.



Será que alguém tem o rabo preso?

Mentiram pra você a vida toda...

Disseram pra você que era preciso ser um bom menino, caso contrário você não iria entrar no céu. Disseram que se dedicar aos estudos era importante e que seu futuro dependia disto. Disseram que você precisava ser referência entre os alunos… do pré-primário à universidade. Disseram que era preciso ser uma boa pessoa. Que deveríamos pensar no “próximo”, ajudar os pobres e doar cobertores no inverno. Disseram que Deus se agrada da nossa adoração… só se esqueceram de dizer que toda essa baderna repetitiva que fazemos não é adoração. Disseram que a prosperidade era sinal de que a mão de Deus está a nosso favor. Disseram que Deus queria nos fazer ricos e bem sucedidos. Disseram que seríamos felizes… basta continuarmos trabalhando calados.
Mentiram para nós por toda nossa miserável vida. Mentiras em cima de mentiras. Mentiram na escola quando disseram que o heliocentrismo substituiu o geocentrismo. Tudo isso é besteira pura! A verdade é que nem o sol e nem a terra jamais foram o centro do universo. O verdadeiro centro sempre foi o umbigo do ser humano. Creio em uma teoria umbigocentrista.
Enquanto tudo aparentemente aponta para o interesse coletivo, na realidade quase sempre possui motivações umbigocêntricas. Queremos encher nosso ventre, alimentando nossos interesses antes de qualquer coisa. Ou então queremos aliviar nosso ventre, expelindo nossas desgraças pelo caminho.
Não alimento a ilusão de que o cristianismo seja a resolução definitiva e instantânea de nossos problemas. A verdade nos liberta à medida que revela nossa natureza. E nos transforma à medida que nos faz menos dependentes da obediência ao nosso próprio umbigo. Então, uma vez no caminho que leva ao Reino, deveria ser natural que nos despojássemos de nossas hipocrisias e mentiras umbigocêntricas. Afinal, não há problemas em ser imperfeito. Problema mesmo é fingir que está tudo bem. Problema é replicar o ensino de que santidade está mais para “uma virtude” do que para “um caminho”.
Estou cansado de mentiras. Quero minha liberdade de volta. Quero me despir de toda aparência moral, para que o verdadeiro EU possa ser liberto do poder umbigocêntrico.

Adestramento cristão

Crente é um bicho estranho. Você grita “AMÉM?” e ele responde gritando o mesmo. Se perguntar pela segunda vez, ele responderá mais alto. Se no meio do louvor você gritar “pule na presença do Senhorrrrrrrr”, então eles pulam. Se você dançar de modo estranho, verá correspondência imediata nas pessoas.
Sua linguagem é facilmente influenciável por jargões. Basta pegar qualquer expressão bíblica cujo significado seja obscuro para a maioria, e pronto! Também colam as expressões inventadas que possuem aparência de espiritual, como por exemplo “ato profético”. Difícil de crer que nem existe esta expressão na Bíblia né?
Facilmente também estereotipamos outras coisas que fazem do crente um ser quase alienígena: os lugares que frequenta, o conteúdo de suas conversas e a aversão às coisas “do mundo”.
Pena quem os crentes não são condicionados a obedecer a todo tipo de “comando”. Parece que o adestramento a que foram submetidos possui limitações. Nem todos aceitam sugestionamentos que os levem a renunciar a seus interesses; ou dividirem suas posses com os necessitados; ou mesmo disponibilizar tempo para aqueles que estão abandonados em asilos, orfanatos e nas ruas.
Ah… antes que eu me esqueça, quero deixar claro que amo os crentes. E exatamente por ser um deles é que me incomodo tanto com estas coisas incompreensíveis que aceitamos passivamente em nossa conduta.

Por Ariovaldo Jr