Monday, November 1, 2010 | Posted by MilsonAT at 11/01/2010 0 comments
2. Que o modo genuíno de se exercer o cristianismo é estar presente nas reuniões regulares e demais atividades de determinada agremiação, ou seja, que a devoção é uma espécie de prêmio de assiduidade;
3. Que o conteúdo da crença é mais importante do que o desafio da fé;
4. Que o caminho do afastamento do mundo, segundo o exemplo de João Batista, é mais digno de imitação do que o caminho do envolvimento com o mundo, segundo a vida de Jesus;
5. Que o modo de vida baseado na busca circular pela legitimação é mais respeitável do que o das pessoas que conseguem viver sem recorrer a esses refrigérios;
6. Que o modo adequado de honrar a herança de Jesus é dançar em celebração ao redor do seu nome, ignorando em grande parte o que ele fez e diz.
Retirado em grande parte da versão OnLine da Revista Ultimato (Paulo Brabo)
Tuesday, October 12, 2010 | Posted by MilsonAT at 10/12/2010 0 comments
Posted by MilsonAT at 10/12/2010 0 comments
Given to Fly (Capaz de Voar)
Tuesday, June 8, 2010 | Posted by MilsonAT at 6/08/2010 0 comments
Carta aberta aos subversivos de Jesus
Thursday, May 27, 2010 | Posted by MilsonAT at 5/27/2010 0 comments
O que é o Evangelho?
Wednesday, May 19, 2010 | Posted by MilsonAT at 5/19/2010 0 comments
A fogueira é a solução
Se eu tentar ser mais sincero,
a acidez das coisas que falo,
corroerá meus pensamentos,
essa corja de falsos,
mestres de si mesmos,
flores exalando podridão.
Cuspo em suas regras,
faço piadas sobre o que você crê,
crê sem viver,
finge viver, finge pra quê?
se nada conseguimos esconder.
Bonitos por fora, ocos por dentro,
sepulcro caiado, raça de víboras,
filhos da puta mentirosos,
que se fazem de vítimas,
crentes que conseguem enganar,
mentem pra própria consciência,
mas um dia sua hora vai chegar.
Espero que Jesus aceite cheque pré,
porque está precária a situação,
mal temos para o pão,
e o que mais importa eles deixaram pra lá,
eles estão ricos e eu não,
aparecem na tv falando de doação,
e eu odeio essa mentira,
odeio essa mentira,
um povo burro seguindo essa alienação.
Me perdoe Deus,
mas você é diferente do que falam de você,
até quando eles vencerão?
Me perdoe Deus,
mas não foi isso que você disse sobre ser cristão,
até quando eles enganarão?
Me perdoe Deus,
mas hoje estou puto demais pra me conter,
até quando eles vencerão?
Que comece a revolução,
que me queimem na fogueira como na inquisição,
mas não me renderei a esses filhos da puta,
mentirosos, cruéis e ladrões,
enganam a muitos, mas chegaram tarde,
eu percebi na cúpula toda a armação,
e a mim vocês nunca mais enganarão.
E como alguém que resgata um tesouro do lixo,
eu vivo o que prego,
e essa é a maior diferença entre ser o que você é,
e o que eu sou,
essa é a maior diferença entre ser crente e ser cristão.
A história se repete,
Lutero morreu em vão,
a igreja prostituta voltou,
agora completamente apaixonada pelo dinheiro,
poder, curas na televisão,
e com a audiência dos crente viciados em bençãos.
Me perdoe Deus,
me perdoe Lutero e outros grandes que fizeram parte da revolução,
me perdoe Paulo e seus náufragos, açoites e perseguições,
mas eles transformaram tudo em uma grande merda,
pra falar das coisas que convém,
e não mais da redenção,
Me perdoem todos, mas eu prefiro morrer na fogueira,
do que viver uma vida em vão.
"Meu querido Pai celestial, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Deus de todo consolo, graças te dou porque revelaste teu querido Filho Jesus Cristo, em quem eu creio, a quem eu tenha pregado e confessado, a quem eu tenho amado e enaltecido e a quem o papa desprezível e todos os ímpios desonram, perseguem e ofendem. Suplico-te, Senhor Jesus Cristo, que tomes conta de minha alma. Ó Pai celestial, se devo deixar este corpo e ser arrancado desta vida, tenha a absoluta certeza de que estarei eternamente em tua companhia e que ninguém me arrebatará de tuas mãos."
Monday, May 3, 2010 | Posted by MilsonAT at 5/03/2010 1 comments
Sim, eu os amo, os amo porque decidi amar, os amo porque o mesmo que morreu por mim, morreu por todos eles, os amo porque eles são pessoas, pessoas imperfeitas como eu, pessoas que sentem como eu, pessoas que pensam que choram, que amam, que se alegram, que se divertem, como eu. Sim, eu os amo!
Wednesday, April 7, 2010 | Posted by MilsonAT at 4/07/2010 2 comments
Show do Milhão!!
A maioria não irá entender...
Alívio. Em muitas ocasiões eu senti um certo remorso por criticar o Malafaia em suas incursões recentes pelo evangelho de mamôm. Havia em mim o sentimento e o desejo de que um dia, este que foi um grande pregador da Palavra de Deus viria recuperar seu centro, desligar-se deste processo enorme de vaidade que aflige os mega-pastores e perceber o erro em que se encontra.
Em outras oportunidades, recentes inclusive, encontrei qualidade em seu trabalho na defesa dos interesses da igreja, em especial na luta contra a aprovação da PL122.
Este sentimento acabou.
Ver o senhor Malafaia pedir uma semente de R$ 1.000,00 às pessoas na TV, mesmo àquelas que não podem arcar com a mesma, nas palavras de seu comparsa Murdock:
- “Pode ser aquele dinheiro guardado para os estudos de seus filhos, a provisão de uma emergência, o fundo de aposentadoria, o dinheiro do aluguel...” Semeie para receber três bençãos em sua vida... etc.
A mais insidiosa das bênçãos foi: Serão salvos os de sua casa. Os semeadores verão todos em sua casa serem salvos. Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento bíblico reconhece a blasfêmia relativa a esta promessa vendida. Nem vou me estender aqui. Eu confesso que vomitei ao ouvi-la. Silas e Murdock vendem a SALVAÇÃO familiar!
Nem mesmo a igreja Católica e seus papas corruptos do tempo da pré-reforma ousaram tanto, quando muito vendiam indulgências válidas no PURGATÓRIO, local de purificação e sofrimento para os pré-salvos! Não tenho conhecimento que resgatassem pessoas condenadas... Nem mesmo os participantes das CRUZADAS contavam com salvação certa... apenas pontinhos, risos.
Mas Malafaia e Murdock são capazes de salvar a família inteira do NÉSCIO que lhes compre as sementes por R$ 1.000!
Então é isto, no meu entender: Malafaia, seja anátema e que Deus não permita que o tal clube de 1.000.000 de almas que ouviriam a “palavra’ de sua boca JAMAIS se cumpra. Pois o “evangelho” que este homem prega é falso e não salva ninguém, ao contrário, pode aprisionar nesta armadilha de sementes de dinheiro.
Maldito seja seu programa de TV, suas cruzadas e tudo o mais!
Que tipo de mensagem é esta que esta gente prega? Quem vai ao açougue se pretende comprar roupas? Pode alguém buscar qualquer coisa mundana e encontrar a Deus? O dinheiro, tanto mais? Enganem-se aqui e ali, mas certas coisas são tão claras. Ditas pelo próprio Senhor Jesus! Por que esta gente decide basear seu ministério numa filosofia que torna ainda mais difícil as pessoas receberem a Salvação? E isto tudo dentro da própria igreja de Jesus! Estes pregadores ajudam o seu rebanho a se libertar de sua escravidão às coisas do mundo para buscar a Deus, ou ao contrário, o que fazem é lhes ferrar ainda mais os grilhões na carne? Leiam Mateus 19!
Tuesday, April 6, 2010 | Posted by MilsonAT at 4/06/2010 0 comments
Sou HEREGE assumido! E daí?
Assinado embaixo por: Milson Costa
Tuesday, March 30, 2010 | Posted by MilsonAT at 3/30/2010 0 comments
TRANSFORMANDO A igreja EM IGREJA
João 17.11,21-23
Penso que as igrejas evangélicas de um modo geral vivem uma grande inversão de valores. Valorizam o periférico não o que é central. Valorizam a quantidade negligenciando a qualidade. Valorizam os programas e não as pessoas. Aliás, a maioria das vezes – mesmo dentro de algumas igrejas - as pessoas são valorizadas pelo que têm, não pelo que são...
É interessante pensar que a mais de dois mil anos atrás, Jesus não tinha distrações com o periférico. Sabia o que devia fazer. Jesus não tinha preocupação com multidão, muito menos com programas. Jesus preocupava-se com pessoas. Jesus tinha propostas do Reino, guardadas até hoje em seu Evangelho.
Dentre as muitas que Ele oferece, tenho pensado muito em me tornar resposta à Sua oração. Tenho sentido o forte desejo de viver e experimentar a Teologia de João 17: SERMOS UM NO PAI. Para que desta maneira, o mundo conheça Quem nos enviou, e no nome de Quem falamos. Imagino que para isso:
1. Já é hora de pagarmos o preço, qualquer que seja ele, de fazer parte de uma Comunidade Espiritual, e não de uma organização eclesiástica. Não podemos permanecer o resto de nossas vidas satisfeitos com crentes “obesos de teorias” e vazios de ideais. Precisamos transformar nossa igreja (instituição) em igreja (Comunidade Espiritual).
2. Já é hora de virarmos as cadeiras uns para os outros, e de deixarmos de viver uma comunhão cristã leviana e insípida; onde, não há preocupações e cuidados verdadeiros. Onde o “querido irmão” é só mais um rosto que nos habituamos a ver aos domingos.
3. Já é tempo de edificarmos a igreja, e transforma-la numa comunidade de pessoas que se refugiam em Deus e encorajarmos uns aos outros a jamais fugirmos em busca de outros socorros.
4. Já é tempo de nos tornarmos a resposta da oração de Jesus, e fazermos assim diferença no mundo onde vivemos. Compartilhando em nossa comunidade (a igreja que congregamos) a unidade o Evangelho transformador de Jesus Cristo.
Sei que esta proposta não é fácil de ser vivida. Sei também que com ela estaremos caminhando na contra-mão do que temos visto em termos de igreja; onde o que vale é o “ativismo desvairado” ou o “evangelho que distrai”. Mas estou convicto que é esta proposta de Igreja que encontramos nas páginas de nossa Bíblia.
Milson Costa
Posted by MilsonAT at 3/30/2010 1 comments
Podia até ser cômico se o comportamento da turma não fosse também um reflexo do que a gente ouve e canta. E o pior é que tem muita gente assim. Gente nem queimada ou incendiada pelo “incendeia” e nem lavada pela chuva do “faz chover”, mas sapecada.
Não quero polemizar. Licença poética à parte, mas acredito que podemos ser mais coerentes acerca do que cantamos. Fico pensando nos "não crentes" que vão aos nossos cultos. Nós criamos um linguajar que só a gente entende. E às vezes nem a gente entende! A maioria já ouviu a união feminina cantar: “Quando cheguei aqui meu Senhor já estava, no meio da igreja ele passeava, quando eu cheguei aqui meu Senhor já estava..” Daí vem um irmão com aquele solo: “mas contempla esse varão que chegou agora abre a boca irmão e dê um glória...”. É confusão na certa! Eis a questão: - Já estava ou chegou agora?
Já aconteceu comigo também, numa dessas, rolando o “louvorzão”, eu lá na frente, nos primeiros assentos, e a banda tocando... Sei que mandavam a gente fazer um monte de coisa: Pé pra cá, pé pra lá, vem pra cá, vai pra lá, correm pra esquerda, correm pra direita, fala pra quem ta perto de você... E eu lá, todo tímido, quando ouvi, como que dito especificamente para mim: - Sai do chão, você é livre!!
Foi muito bom ouvir naquele dia que eu sou livre, mas pergunto: - Por acaso somos livres, porque cantamos o que todo mundo está cantando? Somos livres porque fazemos os movimentos e gestos propostos pelos ministros de louvor? É possivel adorar a Deus em nossas igrejas, cantando, louvando, sem ter que de forçar um clima ? Sem ginástica gospel ? Sem caras e bocas? Ou está difícil?
Saturday, March 6, 2010 | Posted by MilsonAT at 3/06/2010 3 comments
Silas e o Circo de Horrores do Ratinho
Assisti pelo Youtube à atuação do Pr. Silas Malafaia no programa do Ratinho recentemente. Como ele mesmo confessou, seu estilo é bem parecido com o do apresentador. Poderíamos até dizer que Silas é uma espécie de Ratinho Gospel.Não tem papa na língua e gosta de ver o circo pegar fogo.
O que achei? Sinceramente? Um desserviço à causa.
Primeiro: ali não era o lugar para se debater com seriedade um assunto tão complexo. A produção do Ratinho certamente escolheu Silas por saber de seu temperamento, ingrediente indispensável para um circo de horrores como o promovido pelo programa. Achei-o deselegante com sua oponente. Já tive a oportunidade de debater com ele várias vezes em duas emissoras no Rio de Janeiro. Ele não consegue se calar nem no intervalo. Sua fama foi construída em cima disso.
Apesar de polêmico (mais por seu temperamento do que por suas posições), Silas é extremamente conservador, e não consegue manter um diálogo em alto nível. Mas infelizmente é isso que o povão gosta.
Não consigo imaginar Jesus Se prestando a um papel desses. Jesus nunca bateu boca com ninguém. E Ele jamais participaria de uma campanha contra o direito de quem quer que fosse. O tipo de posicionamento defendido por Silas só faz aumentar o abismo entre a igreja evangélica e os homossexuais. Que vantagem há nisso? Como poderemos evangelizar um grupo contra o qual nos manifestamos? Em vez disso, deveríamos estar defendendo seus direitos, angariando sua simpatia e confiança, e assim, revelando-lhes o amor transformador do nosso Deus. Sem imposições, sem histeria, sem mania de perseguição, mas com mãos estendidas em vez de dedo à riste.
Quem, afinal, teria ganho aquele debate? É claro que a maioria do povo evangélico vai dizer que foi Slias. Mas sabe quem perdeu? Todos nós. Silas tornou-se numa referência caricata da igreja brasileira.
E o pior de tudo é que por trás de toda esta vociferação contra a PL 122 há uma não confessável intenção política. Os políticos evangélicos (que até agora não mostraram a que vieram!) precisam garantir a próxima eleição. Nada melhor do que tocar terror no povo, usando o tal projeto de lei como o carro abre-alas.
Essa estória de que as igrejas serão obrigadas a casar gays é conversa fiada. O mesmo projeto de lei é contrário a qualquer tipo de discriminação religiosa. Pode-se "condenar" a pobreza sem com isso discriminar o pobre. Pode-se "condenar" o alcoolismo sem discriminar o alcoólico. O mesmo se aplica aos homossexuais. Se um determinado credo reprova o comportamento homossexual, não quer dizer que seus seguidores discriminem homossexuais.
Que vergonha... deveríamos estar do lado deles, condenando a homofobia, e assim, escancarando a porta para que tivéssemos acesso aos seus corações. Em vez disso, colocamo-nos ao lado de seus algozes. A igreja cristã que produziu homens como Martin Luther King, Jr. que defendeu com o preço de sua própria vida os direitos civis, agora produz homens intolerantes que almejam, em nome de um projeto político, conduzir a igreja de volta à idade das trevas. Foi este tipo de posicionamento intolerante que provocou a morte das bruxas de Salém, a Inquisição, o Apartheid.
Infelizmente, nosso povo tem memória curta. Semanas atrás, todos repudiavam a teologia da prosperidade pregada por Silas ao lado de seu mentor Morris Cerullo. Agora, por uma causa com motivações duvidosas, Silas voltou a ser quase unanimidade entre os evangélicos.
Espero que o povo de bom-senso acorde para isso, reveja seus conceitos, e se posicione contrário a qualquer tipo de manipulação.
Tuesday, March 2, 2010 | Posted by MilsonAT at 3/02/2010 1 comments
E o moribundo não se mexeu
Ele era sacerdote. Todos os sacerdotes e levitas o conheciam.
Jerico era o seu campo missionário, mas, naquele dia, ele foi impedido de chegar lá. E tudo indicava que jamais chegaria.
Casualmente, outro sacerdote descia de Jerusalém para Jerico. Tudo indicava que o sacerdote, em estado moribundo, estava salvo.
O outro sacerdote o reconheceu, mas evitou se envolver... O moribundo era tido como um bom sacerdote, mas, pensou o outro, essas coisas não deveriam acontecer a bons sacerdotes, logo, deve ter alguma coisa errada com ele. Mesmo assim, parou, mas, a distância... Se ele se mexer ou esboçar qualquer pedido de ajuda... Ajudo.
E o moribundo não se mexeu.
Nisso chega um levita, reconhece o sacerdote moribundo, todos o conheciam; conversa com o outro sacerdote, sobre o que poderia ter acontecido com tão bom sacerdote, ao que o outro sacerdote retruca, dizendo que, talvez ele não fosse tão bom sacerdote assim! Quem sabe o que teria acontecido? E sugeriu o que o levita o acompanhasse na observação... Se o moribundo se mexesse ou esboçasse qualquer pedido de ajuda... Ajudariam.
E o moribundo não se mexeu...
E eles se foram, comentando como as aparências enganam... As vezes a gente pensa que está diante de um grande sacerdote, e, sem o saber, está diante de uma vida cheia de complicações, que acaba por expor-se desnecessariamente, e aí, o inevitável acontece: é derrotado.
De fato, aquele sacerdote, deixado à própria sorte, era conhecido por sua fibra, já havia passado por poucas e boas, e resistido, não fazia sentido vê-lo em tal estado. A dupla de religiosos, também comentava isso. O que eles não sabiam é que o tal sacerdote, a exemplo do herói escocês, William Wallace, na versão cinematográfica Brave Heart, de Mel Gibson, fora atacado, e surrado, e deixado para morrer, por um amigo. William Wallace fora atacado, quando intentava contra o Rei da Inglaterra, Eduardo I, por Robert de Bruce, nobre que Wallace queria ver Rei, mas, que o traiu. O sacerdote, também, enquanto lutava contra o rei da maldade, um amigo o traiu.
O amor é mais forte do que a morte, mas, quando a morte coopta um amigo como seu agente, o amor frustado tira todo desejo de lutar pela vida.
E, por isso, o moribundo não se mexeu.
E veio um samaritano... Ele não sabia do sacerdote, apenas condoeu-se ao ver um homem à beira da morte, e correu para socorrê-lo. Chamou-o para atividades que não tinham a ver diretamente com a sua fé, mas que lhe permitiam vivê-la e anunciá-la. E ele desistiu do sacerdócio, embora, mantivesse sua fé e sua vida na comunidade. Mas ele não queria mais estar no mundo dos sacerdotes.
Entendeu que nessa nova ordem sacerdotal não havia espaço para a simples amizade.
Para essa nova ordem, ser amigo é arriscar-se muito.
Bem, essa verdade é milenar: ser amigo é arriscar-se!
Porém, na nova ordem, ninguém quer correr risco.
Todos estão prevenidos: é melhor evitar do que remediar.
A dupla religiosa que o havia deixado ao largo, comentou o fato com outros religiosos, eles, amigos, ainda que com alguma dor, resolveram, também, evitá-lo.
Parece que alguns sacerdotes estão repensando, mas, pode ser muito tarde, o nosso sacerdote está cada vez mais propenso a só andar com samaritanos.
Saturday, February 27, 2010 | Posted by MilsonAT at 2/27/2010 0 comments
Um remédio chamado hipocrisia
João Batista era um tipo de profeta enfático e duro com as palavras. E tais palavras, obviamente, incomodavam e despertavam 3 tipos de reações. Indiferença, ódio e arrependimento. Curiosamente não há muitas referências aos indiferentes na narrativa dos evangelhos. Estes eram considerados simplesmente como “as ovelhas perdidas da casa de Israel”. Já os que odiavam os discursos do profeta, ah… estes possuem participação ativa na história; e possuem um lugar “bem quentinho” reservado na eternidade. Mas o grupo que mais se assemelha aos cristãos do presente século é o terceiro tipo. Pessoas arrependidas… que podem não ser necessariamente salvas.
A expressão utilizada por João para confrontar a tais pessoas era “raça de víboras”. Particularmente considero esta expressão muito mais dura do que o “idiota” que usei recentemente em alguns textos e, por isso, recebi trocentas mensagens de repúdio ao meu linguajar. Mas voltando ao assunto… parece que o texto bíblico não se importa com a dureza do profeta. Afinal, todo aquele povo não passava de um bando de cobras. Bicho bonitinho… e traiçoeiro.
O motivo pelo qual os arrependidos daquela época foram confrontados é bem simples. Faziam questão de batizar-se mediante a confissão de seus pecados. E, voltando à realidade de suas vidas egoístas e totalmente longe dos preceitos da justiça de Deus, necessitavam retornar ao rio Jordão para novamente serem batizados mediante a demonstração de arrependimento.
Como João Batista não era besta, ferozmente alertou àquelas pessoas que a única maneira de fugirem definitivamente da ira vindoura era PRODUZINDO FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO.
E eis a questão que continua a soar como condenação a toda uma geração.
Mudamos a figura do profeta pelo pastor do domingo. E semana após semana, o arrependido recebe a oração em um momento de grande contrição. Pena que, devido à ausência dos frutos de arrependimento, nem o infinito de orações de fim de culto serão capazes de transformar este pecador safado em um pecador genuinamente salvo.
E, obviamente, se temos que lidar com uma geração contaminada com tais preceitos, quem serãos os responsáveis senão nós mesmos que semeamos as devidas sementes equivocadas?
Somos os mestres em ouvir discursos maravilhosos, concedidos aos nossos ouvidos através das palavras de tantos homens em nossa geração. E como as coisas mudaram! Há dúzias de bons cristãos, gritando a verdade das mais diversas maneiras.
Mas preferimos continuar em nossa caminhada mesquinha e egoísta. Passando na drogaria mais próxima antes de cada momento de confronto; adquirindo e se entorpecendo com o remédio chamado hipocrisia. Pois só assim conseguiremos aplaudir aos homens de Deus; e em seguida voltarmos aos nossos próprios interesses.
Pregadores da minha geração… gritem!
Cristãos genuínos que aindao respiram… procurem uma maneira da verdade transformar-se em FRUTOS DIGNOS.
É nossa responsabilidade.
“Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” (Tiago 2:18)
Por Ariovaldo Jr.
Friday, February 12, 2010 | Posted by MilsonAT at 2/12/2010 0 comments
Quando as máscaras caem...
Hermes C. Fernandes
Estamos a poucos dias do Carnaval, a festa da carne. Geralmente, acredita-se que é durante esta festa pagã que as pessoas se encondem atrás de máscaras e fantasias. Porém, acredito que o contrário é que se sucede.
Durante os dias de folia, as pessoas tiram as máscaras usadas durante todo o ano, liberando seus desejos ocultos, e revelando suas mais arrojadas fantasias. Por alguns dias, o chefe de família remove a máscara de autoridade, e cai na gandaia. A dona de casa reclusa e tímida se desfaz do papel que representa e se solta na avenida.
Como dizia o Tim Maia, vale tudo! Tudo em nome do prazer, da alegria, ainda que ao término da festa só sobrem cinzas. O problema não é o Carnaval em si, enquanto festa popular (mesmo que sua origem remonte os bacanais e saturnais romanos). O problema é a natureza humana corrompida. O que o Carnaval oferece é o ambiente propício para que esta natureza se revele sem qualquer pudor.
Sinceramente, o que mais me incomoda não são as serpentinas, lantejolas, pouca ou nenhuma roupa dos foliões. O que mais me incomoda são as máscaras usadas ao longo do ano. Há pessoas que conseguem viver mascaradas por anos, sem que ninguém perceba sua hipocrisia. Porém um dia, por descuido, a máscara cai.
São Paulo diz que para que sejamos transformados pelo Espírito de Deus, temos remover o véu que cobre nossa face, e nos expor tal qual somos.
A religião é uma fábrica de máscaras. Pior do que os bate-bolas das ruas, são os bate-bolas dos púlpitos. Aqueles que cativam as pessoas pelo medo, pelo terror.
Deus, porém, conhece a pessoa por trás da fantasia. Ele não se impressiona com nossa atuação, quando fazemos do púlpito nosso tablado. Ele sabe exatamente as intenções por trás daquela voz grave, do emocionalismo barato, do sensacionalismo canibal.
Nenhum cristão está autorizado por Deus a julgar foliões. Em vez de dedos a riste, estendamos as mãos, e apresentemos a eles uma alegria que nunca termina, e que jamais resultará em cinzas.
Saturday, February 6, 2010 | Posted by MilsonAT at 2/06/2010 0 comments
Nos anos 40, em torno de 70 % dos brasileiros moravam na área rural, não havia sequer uma indústria de automóvel e as residências ainda não tinham televisão. A família brasileira era extremamente tradicional e conservadora. O desquite era motivo de preconceitos e vergonha. O racismo não era motivo de debates, porque o negro brasileiro não desenvolvia movimentos sociais.
A estrutura social era marcada pelo coronelismo. Nos anos 50, a liberdade começou a ser idealizada, pelo menos politicamente falando. A população deixava os campos e migrava para as grandes cidades e nelas se desenvolvia as artes, o turismo, a indústria naval e o petróleo. Quanto à família, ela ainda continuava tradicional e o seu padrão comportamental era ter filhos. Já os anos 60, foram anos de muita agitação, de liberdade, da descoberta da pílula anticoncepcional. Anos do movimento hippie. Embora a década de 60 ter sido para o Brasil, anos de ditadura e de censura, por conta do golpe militar, houve certa movimentação cultural e musical com a Jovem Guarda, a MPB e o Tropicalismo. E, por fim, falando da década de 70, anos estes em que as músicas exaltavam o país, tais como “este é um país que vai pra frente e ninguém segura a juventude do Brasil”.
O futebol esteve também em pauta contribuindo para a alienação do povo (não sou contra o futebol, mas naquela época o esporte serviu de escape para as grandes transformações e crises enfrentadas pelo país). Depois das torturas, dos exílios, de tantas prisões, e censura os anos 70 também vivenciaram o fim do Regime Militar e o ressurgimento dos movimentos sociais. Foi também nessa época em que se instalou o caos familiar e os crescentes índices de divórcio. A descoberta sexual na adolescência significou o amor livre no fim dos anos 70, o herpes em 1980 e a AIDS em 1990. Mas pra quê tantas informações históricas? Agora sim, vou dizer onde quero chegar. Se a Igreja está alcançando pessoas comuns com menos de 40 anos, então é muito provável que: uma em cada três mulheres tenha feito um aborto.
Uma ou até duas em cada seis podem ter sido abusadas sexualmente. Mais de seis dentre dez pessoas pensam que viver junto, em vez de casar, é uma maneira inteligente de evitar o divórcio, e cinco dentre essas dez pessoas já viveram com alguém. A maior parte é sexualmente ativa. E a grande maioria dos homens deve lutar contra a pornografia ou problemas sérios em relação à luxúria. Uma em cada cinco a dez pessoas luta contra o uso excessivo de drogas ou álcool. E pelo menos uma, e até duas, em cada cinco talvez fume. Resumindo: se a Igreja pretende trabalhar com a nova geração, então ela precisa criar uma cultura onde pessoas totalmente desajustadas sejam bem-vindas! Isso é um fato! Todas essas mudanças históricas e, principalmente de comportamento criaram uma CULTURA DE SOLIDÃO, onde as pessoas estão totalmente CARENTES DE RELACIONAMENTOS GENUÍNOS.
As pessoas almejam hoje, como nunca antes almejaram estar em família, pois ela representa o autêntico apoio relacional para qualquer ser humano. E o desafio para a Igreja do século XXI é exatamente esse: deixar de ser uma “igreja para visitantes” e passar a funcionar como uma família, um corpo bem ajustado, assim como ordena a Bíblia. Estratégias como boa música, teatro, cafezinhos são importantes sim, e até atraem muitas pessoas, mas tem pouca relação com o culto em si, pois mantê-las em unidade e levá-las até Cristo são responsabilidades que Deus deu a nós. Não há desafio e oportunidade maiores para a Igreja do que lidar com os esmagadores sofrimentos emocionais que conduzem nossa geração. É responsabilidade nossa criar uma nova cultura do tipo “venha como você está”. As pessoas não resistem à verdade; elas resistem à arrogância! Por isso devemos ser sábios e muito amorosos ao representar o Corpo de Cristo no mundo.
Kênia Siqueira
Wednesday, February 3, 2010 | Posted by MilsonAT at 2/03/2010 1 comments